O que tem a ver o calor do Rio de Janeiro com o Windows 7?

caixa do windows 7

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Queria começar neste artigo uma categoria chamada “bate-papo” que na verdade é uma fuga a finalidade do blog, que é a informação e conduzir para um lado um pouco mais pessoal, sobre nosso dia-a-dia e principalmente de causos que ocorrem com todos nós.

Para começar então vou falar o porque deste título meio esquisito… Como vocês sabem, o Rio de Janeiro é um estado quente, em todos os sentidos, mais neste momento estou me referindo ao literal. Por estes dias a temperatura chegou a mais ou menos 42º (estamos falando de agosto).

Meu PC equipado com um velhinho mais funcional processador Pentium IV HT 3.0 MHz (95 watts de consumo) e uma placa mãe Asus P5GDC (nunca mais compro placa mãe top de linha em minha vida) estavam batendo o recorde de 100º em operação plena. E isso porque usei um cooler da Termal Take que não deixava ninguém da casa dormir com seu silencioso barulho e pasta térmica de prata (a grama é o triplo do preço da prata).

Numa fatídica tarde o conjuntinho se foi, sob olhares lacrimejantes da família (do lado da família que não usa o notebook). Tive que ir as pressas ao comércio local comprar peças de reposição para o equipamento e isso é uma coisa bem difícil de conseguir em um sábado ao meio dia.

Como estava com uma máquina nova (agora um Quad Core 9400 + INTEL DG41 + 4 Gb DDR 800) resolvi de uma vez por todas testar o Windows Seven.

Eu tinha baixado o Windows Seven do site da Microsoft e junto a ele recebi um serial de testes que expirará em março de 2010, mais antes de instalar o novo sistema ainda utilizei o XP, agora todo “bugado” pois troquei a placa mãe, para realizar o famoso backup.

Três dias apagando arquivos inúteis e armazenando os necessários para o novo sistema. Vocês não tem noção de quanta coisa desnecessárias salvamos: apostilas de programas ultrapassados, fotinhas engraçadas sem graça, músicas de ilustres desconhecidos, etc.

Foram 200Gb de arquivos na lixeira. Para fazer o backup de minha pasta de vídeos do Studio 11 e imagens de DVDs eu usei a ferramenta própria da Microsoft, o Windows Backup, que pegou todos os arquivos e criou um pacotão de 78 Gb com o nome backup.bkf.

Mandei fazer a verificação da integridade, no total o processo foi executado em 24 minutos.

Feito o backup eu baixei os drives para o novo Windows da placa de rede Intel para o caso de uma emergência e comecei a instalação do Windows Seven. A despedida do XP foi bem melancólica, pois conforme me dizia o Everest (programa que gera um relatório total de hardware e software do computador) a instalação datava de novembro de 2007 e ainda estava funcionando, com apenas alguns pequenos bugs na rede e em alguns joguinhos.

A instalação é bem rápida, de cara o Windows reconheceu todos os meus dispositivos – mouse sem fio, placa de captura, etc e todos os componentes onboard da placa mãe.

A interface do Windows Seven é muito diferente do XP. Quem vem do Windows Vista não vai sentir muita diferença (na verdade parece um upgrade deste último), mais nós que viemos do XP foi meio estranho acostumar com a novidade (tendência natural do ser humano em resistir as mudanças). O sistema operacional é muito bom! Roda bem leve (não sou o cara mais indicado para falar isso pois estou com uma máquina relativamente rápida, e como minha versão do Windows Seven não é final, não tem como eu instalar a versão modular para o meu notebook) mesmo com a interface Aero em pleno funcionamento.

A interface Aero é fenomenal, com seus planos de fundos multicoloridos que se alternam e a famosa opacidade dos menus. Após instalar fui no menu de atualização e instalei o pacote da linguagem em português e autentiquei a cópia, recebendo o selinho de autenticidade da Microsoft (qual a vantagem nisso?). Tudo perfeito, apesar de ser uma tradução pois na verdade o Core do Sistema está em inglês. Indico para quem quer testar realizar a instalação pois o sistema está bem estável (mesmo não se tratando de uma versão que até a data da publicação deste artigo ainda não estava disponível para o publico em geral).

Daí começaram os problemas!

Fui restaurar o backup e qual a minha surpresa ao constatar que o Windows Seven não lê arquivos de backup do XP! Freeware? Pode esquecer, o programa de conversão mais barato custa U$ 89,00 (meus dados não valem nem a metade disso) e as versão shareware deles só lhes mostram os nomes dos arquivos e dizem:

-Olha aqui babaca, se quiser tem que pagar!

Depois de horas procurando resolvi usar a gambiarra mais nova da MS: O Modo XP!

Isso mesmo! O Windows Seven faz o máximo para que o usuário tenha o mínimo de decepção, se o programa não funcionar tente rodar ele como administrador, se assim não funcionar  tente rodar ele no modo compatível e se mesmo assim não der use o modo XP, que nada mais é do que um console virtual PC com o velho e bom Windows XP emulado e redondinho. Na época em que foi lançado tiveram até polêmicas envolvendo as empresas de antivírus que estavam na dúvida se permitiriam que o antivírus fosse instalado no console virtual cobrando apenas uma licença do usuário.

Para instalar na minha versão tive que baixar o aplicativo na página da Microsoft, um arquivo de mais ou menos 400 mb. Mais de 30 minutos de download-instalação–configuração–startup.

Após a instalação executei a máquina virtual e ela não funcionou. Por quê? Porque o modo XP funciona em cima de virtualização de hardware. Para que funcione além do processador ter que possuir as tecnologia responsável por este tipo de virtualização (intel-VT para processadores da Intel e AMD-V para processadores da AMD – para saber se seu processador tem esta função consulte a página oficial do seu respectivo fabricante) ela deve ser suportada pela placa mãe e habilitada no setup, que por motivos de segurança e desabilitada por default. Eu tive que habilitar a função no setup após reiniciar o PC e entrar no modo de configuração.

 

Resultado? O XP rodou mais o restore do backup não funcionou (deu arquivo não reconhecido). Segunda feira levo o HD para a seção de manutenção e faço o restore em uma máquina velhinha com o meu saudoso XP. Ainda hoje me pergunto, porque eu não usei para backup o tão famoso Control+C Control+V?

Brincadeiras à parte isso são desafios a que estão dispostos a passar quem usa uma versão de testes. São mínimos se comparados ao início do Windows Vista e indicam que o sistema é bom e com certeza tem tudo para ser o melhor sistema operacional do momento.

Pra terminar aconselho a quem for fazer a atualização baixar todos os drives dos dispositivos do PC, mesmo que eles estejam funcionando com os genéricos do Windows e principalmente os da placa mãe, que é quem dita a harmonia do sistema. Usem a ferramenta de teste de compatibilidade que está disponível pra baixar no site da MS e se algum item for marcado como incompatível esqueçam porque não tem aquela de “pode funcionar”, como a lei de Murphy dita, se a coisa for dar errado nada do que você possa fazer poderá alterar o resultado.

Fiquem a vontade para comentar.

Att.

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