Última atualização em 8 de julho de 2016
Atualmente a internet é dita como colaborativa, coisa que no século passado era descrito como internet 2.0.
Isso abriu um leque imenso de oportunidades para todas as pessoas. Hoje em dia você não precisa ser um blogueiro, webdesign ou grande corporação para divulgar seus pensamentos livremente na rede, reclamar de algum produto ou marca ou divulgar informações que ache relevantes para seus amigos ou até para o mundo. Infelizmente essa mesma internet, por ser livre, também abriga um mundo de horror e grosserias, e um grupo imenso de pessoas sem noção de convivência.
Basta entrar em blogs de programas de televisão. Leia por curiosidade os comentários nas notícias polêmicas, na maioria das vezes, protegidas pelo “anonimato” proporcionado pela rede, essas pessoas fazem críticas horríveis, atacam quem expressa sua opinião sobre o assunto e se o ambiente não tiver uma moderação, recorrem a linguagens não muito condizentes com o ambiente.
O abuso chega em todos os meios, vindo de todos os tipos de pessoas, de amigos a completos desconhecidos. Fotos no Facebook, “tuítes”, postagens em redes sociais, etc são alvos de comentários desagradáveis.
Mas ai vem a dúvida: como nos proteger disso? Como enfrentar nossos inimigos na internet?
Em poucas linhas vou fazer uma rápida abordagem do fato e o que podemos fazer para não ter dor de cabeça ou problemas de saúde ou emocionais ao lhe dar com a situação de abuso:
1º Evite redes sociais desprotegidas
Temos centenas, até milhares de meios de nos comunicar na internet. A cada dia surge uma rede nova, com novos recursos e possibilidades. Se você é uma pessoa que tem muita exposição ou muitos inimigos que podem lhe prejudicar, antes de entrar em uma rede nova verifique se ela tem alguma forma de proteção, como a possibilidade de moderação e exclusão de comentários, bloqueio de usuários, se eles tem filtros que dificultem a criação de fakes (usuários falsos) e se você tem a possibilidade de limitar o acesso a seu perfil. Existem ferramentas opensource que criam fóruns em questão de minutos, e se esses fóruns não tiverem uma equipe séria por trás deles, você pode ser alvo de um usuário abusado que mesmo sendo excluído por praticar perseguição irá criar falsas contas para lhe perturbar constantemente.
Se começarem a te perturbar, bloqueie a pessoa e desfaça qualquer vínculo com ela. Para melhorar seu psicológico, faça regras para que até nos meios que são abertos, como as caixas de email, as mensagens vindas da pessoa sejam excluídas automaticamente.
2º Leve tudo a sério, principalmente ameaças
Se alguém lhe ameaçar, prometer te atacar fisicamente, lhe desrespeitar ou coisas do gênero, procure a polícia. O procedimento número um nesse caso é realizar a captura da tela no local da rede onde foi feito a ocorrência e capturas de tela do perfil da pessoa que realizou o comentário, faça um arquivo com todo o material e procure as autoridades.
3º Se você conhecer a pessoa
ou se lhe avisarem que esse conhecido está agindo contra você, resolva pessoalmente, evite “bater boca online”, a internet tem exposição mundial e é um arquivo perpétuo, nem um mandado do presidente dos Estados Unidos pode apagar pra sempre um conteúdo, então não é um lugar para você expressar sua sinceridade.
Ligue para a pessoa, se for o caso e pergunte o porquê dela estar fazendo aquilo ou porque “fulano” disse que houve tal ato. Sempre indique nomes, nunca proteja a identidade de pessoas que na maioria das vezes, fazem esse tipo de “fofoca” para ver o ambiente sair do seu controle. Se for o caso e a distância permitir marque com a pessoa um encontro para resolver a situação face a face.
4º Nunca proteja um idiota
O mundo online é um ambiente dinâmico. Reforçando o que disse acima: “a internet tem exposição mundial e é um arquivo perpétuo, nem um mandado do presidente dos Estados Unidos pode apagar pra sempre um conteúdo” sabendo disso, é incorreto você ver alguém citar algo incorreto sobre uma pessoa e deixar isso como está, porque não é problema seu. Na escola era errado entregar os coleguinhas, no crime é sentença de morte aportar para o cúmplice, na política a pessoa acaba se dando mais mal que o meliante, mais na internet é o certo a fazer, pois estamos lhe dando com vidas, e exposição eterna da pessoa. Entregar um idiota é uma das melhores ferramentas de convívio sadio online.
Verificando as regras de uso vemos que o Twitter não tem um item que penalize alguém que se comporte dessa forma, então prevaleça-se de registrar tudo que é postado contra você pois ameaças reais, invasão de privacidade, publicações abusivas e spam são proibidos, se o Twitter após análise verificar veracidade nas a pessoa será repreendida ou suspensa. Outras redes sociais como o Pinterest, Facebook, Path e Google Plus são mais restritivas na moderação e uma ação de denúncia pode ser bem mais rápida e efetiva.
Um trecho de licença de uso genérica usada por estas redes sociais:
Você não irá intimidar, assediar ou praticar bullying contra qualquer usuário.
Você não publicará conteúdo que: contenha discurso de ódio, seja ameaçador ou pornográfico; incite violência; ou contenha nudez ou violência gráfica ou desnecessária.
Lembre-se: em um processo judicial e-mails são aceitos como provas.
5º Não quer se envolver, ignore
Já ouviram a frase “não alimente os trolls”? Normalmente quem persegue uma pessoa na internet tem problemas emocionais fortes ou carência afetiva, e alimenta sua frustração com o desespero de sua vítima. Em alguns casos a pessoa deseja ser enfrentada. Se você ignorar, fazer silêncio, a pessoa inconveniente vai se cansar de perturbar, ver que não tem resposta em suas apelação e finalmente desistirá de você e irá procurar outra pessoa mais fraca para ser vítima.
6º Em ultimo caso CONTRA-ATAQUE
Nunca faça isso, a não ser que saiba exatamente o que está fazendo. Um contra ataque mal feito irá tirar sua razão e talvez seu algoz te denuncie, por isso faça a coisa com convicção. Use as mesmas armas da pessoa indesejada, contradiga tudo o que ela falar e sempre ache alguma coisa que desmereça as críticas e sugestões dela. Nesse caso uma boa solução seria estudar técnicas de retórica, mais de qualquer forma siga a seguinte regra: tudo que ela lhe fizer, faça duas vezes pior.
