Tecnologia e vida: após decisão da Anvisa, governo negocia aquisição de 30 milhões de doses das vacinas Sputnik V e Covaxin

Ministério da Saúde espera ter acesso aos imunizantes ainda em fevereiro

covaxin-c

O Ministério da Saúde afirmou vai se reunir na com representantes do instituto russo Gamaleya, fabricante da vacina Sputinik V, e do laboratório indiano Bharat Biotech, fornecedor do imunizante Covaxin, para negociar a aquisição de mais 30 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19. A expectativa da pasta é ter acesso aos imunizantes ainda em fevereiro.

A decisão de negociar com os dois fabricantes foi anunciada no mesmo dia que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) retirou a obrigatoriedade da apresentação do estudo da fase 3 para solicitar a autorização emergencial do uso de vacinas contra o novo coronavírus.

Segundo o Ministério da Saúde, o instituto Gamaleya informou ao governo brasileiro que, caso haja acordo, poderá entregar entre um total de 10 milhões de doses. Essas doses serão importadas da Rússia. A farmacêutica, que instalou uma linha de produção no Distrito Federal, também disse que passará a produzir, a partir de abril, mensalmente Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) e 8 milhões de doses no Brasil.

Em relação à empresa indiana, o governo negocia 8 milhões da Covaxin que poderão ser entregues até fevereiro. O laboratório Bharat Biotechque informou ao governo brasileiro ter condições de entregar mais 12 milhões de sua vacina em março.

A vacina Covaxin, foi questionada por especialistas indianos sobre a falta de transparência de seus estudos clínicos. As críticas ao imunizante ocorrem pois a empresa ainda não divulgou dados de eficácia e segurança e ainda há um teste de fase 3 em andamento desde novembro de 2020.

A Precisa Medicamentos, que representa a Bharat no Brasil, tem um acordo de intermediação com a Associação Brasileira das Clínicas de Vacinas (ABCVAC), que negocia doses do imunizante contra a Covid-19 para cerca de 300 associadas no Brasil.

Após a aprovação do uso emergencial do imunizante na Índia, as clínicas particulares brasileiras passaram a articular a compra de 5 milhões de doses da vacina. A ABCVAC enviou uma delegação à Índia para conhecer detalhes do imunizante.

Sair da versão mobile