O mercado de smartphones teve uma reviravolta em 2023. Pela primeira vez desde 2016, a Apple assumiu a liderança mundial em vendas de celulares inteligentes, desbancando a Samsung, que dominava o setor há 12 anos. Os dados são da consultoria International Data Corporation (IDC), que divulgou seu relatório anual sobre o segmento.
De acordo com a IDC, a Apple vendeu 234,6 milhões de iPhones em 2023, o que representa uma participação de mercado de 20,1%. A Samsung ficou em segundo lugar, com 226,6 milhões de unidades vendidas e uma fatia de 19,4%. A diferença entre as duas empresas foi de apenas 8 milhões de aparelhos, mas isso não significa que a disputa pelo topo do ranking esteja equilibrada.
Na verdade, a Apple se isolou na liderança do mercado, abrindo uma grande vantagem sobre as demais concorrentes. A terceira colocada foi a Xiaomi, que vendeu apenas 145,9 milhões de unidades em 2023, ficando com uma participação de 12,5%. Ou seja, a Apple vendeu quase 90 milhões de iPhones a mais do que a Xiaomi no ano passado. A diferença é ainda maior se compararmos com as outras marcas do top 5: Oppo (11%) e Huawei (9%).
A IDC atribui o sucesso da Apple ao lançamento dos novos modelos do iPhone, que trouxeram recursos avançados como tela OLED, câmera traseira tripla e suporte à rede 5G. Além disso, a empresa americana se beneficiou de ofertas agressivas de troca e planos de financiamento sem juros, que estimularam os consumidores a trocarem seus iPhones antigos por novos.
Já a Samsung enfrentou um cenário mais desafiador em 2023, com uma queda de 13% nas vendas em relação ao ano anterior. A empresa sul-coreana sofreu com a concorrência crescente no segmento Android, especialmente por parte de marcas chinesas como Xiaomi, Oppo e Huawei. Essas empresas oferecem smartphones com preços mais baixos e especificações similares ou superiores aos da Samsung.
A IDC destaca que o mercado global de smartphones registrou uma queda de 3,2% em 2023, totalizando 1,17 bilhão de unidades enviadas. No entanto, a consultoria prevê uma recuperação para 2024, impulsionada pela demanda por dispositivos com tecnologia 5G e pela melhora da situação econômica e sanitária após a pandemia da Covid-19.
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