Adeus ao Imortal: Hulk Hogan, o titã que moldou a cultura pop, morre aos 71 anos

O mundo da cultura pop se despede de uma de suas maiores lendas.

Hulk Hogan sorrindo e flexionando os dois bíceps em um evento, usando bandana preta, óculos escuros e uma regata da Gold's Gym.

Hulk Hogan em sua pose clássica durante o MTV Video Music Awards de 2006, em Nova York. (Créditos: Evan Agostini/Getty Images)

A morte do lendário Hulkster, confirmada pela WWE, encerra um capítulo monumental na história do entretenimento. Relembramos a trajetória do homem que fez o mundo acreditar em super-heróis de carne e osso.

O som icônico de “Real American” ecoa hoje com um tom de saudade. O mundo do entretenimento se despede de uma de suas figuras mais imponentes e carismáticas: Terry Bollea, o eterno Hulk Hogan, faleceu nesta quinta-feira (24) aos 71 anos. A notícia foi confirmada pela World Wrestling Entertainment (WWE), e o site TMZ aponta a causa como uma parada cardíaca fulminante em sua residência na Flórida.

A perda foi sentida imediatamente, com a WWE publicando uma nota oficial: “A WWE está triste ao saber que o Hall da Fama, Hulk Hogan, faleceu. Uma das figuras mais reconhecidas da história da cultura pop, sua influência transcendeu o esporte. A WWE estende suas condolências à família, amigos e fãs de Hogan.”

 

De Terry Bollea ao Hulkster: O Início da Jornada

 

Nascido na Geórgia, EUA, Terry Bollea era um músico e fisiculturista antes de ser descoberto para a luta livre. Seu treinamento foi notoriamente árduo sob a tutela do lendário Hiro Matsuda, que, em um teste de resistência, quebrou a perna de Bollea no primeiro dia. A persistência do jovem o fez voltar, e dali nascia a força que o definiria. Após passagens por outras promoções, foi no encontro com Vince McMahon Sr., na então WWF, que a persona de “Hulk Hogan” começou a tomar forma.

 

Hulkamania: Mais que um Slogan, um Estilo de Vida

 

Foi nos anos 80, sob a visão expansionista de Vince McMahon Jr., que Hogan se tornou um foguete. Com a “Hulkamania”, ele não vendia apenas lutas, vendia uma filosofia para as crianças: treine, diga suas preces e tome suas vitaminas. Essa era a receita do herói americano. Sua ascensão foi meteórica, culminando na conquista do cinturão da WWF em 1984, um reinado que durou incríveis 1.474 dias. Hogan era o Superman do wrestling, o rosto que estampava lancheiras, bonecos e o principal responsável por levar o WrestleMania de um simples evento a um espetáculo de magnitude global.

 

A Virada Chocante: Nasce “Hollywood” Hogan

 

Todo grande herói tem sua sombra. E a de Hogan foi uma das mais impactantes da história. Em 1996, ao migrar para a rival WCW, ele chocou o mundo ao trair seus aliados e se revelar o líder da facção vilanesca nWo (New World Order), ao lado de Kevin Nash e Scott Hall. Deixando o amarelo e vermelho de lado, ele adotou o preto e branco, a barba escura e o nome “Hollywood Hogan”. A virada não apenas revitalizou sua carreira, como deu início à “Monday Night Wars”, a era de maior competitividade e audiência da luta livre. Ele provou que era tão bom em ser odiado quanto era em ser amado.

 

Além dos Ringues: Reality Shows e Controvérsias

 

Mesmo após o auge como lutador, Hogan nunca saiu dos holofotes. Nos anos 2000, ele se apresentou a uma nova geração com o reality show Hogan Knows Best, da VH1, que mostrava o seu dia a dia nada convencional com a família. A fama, no entanto, veio acompanhada de um preço alto, com dramas familiares expostos publicamente e um divórcio conturbado.

Sua vida pessoal foi marcada por um escândalo em 2012, com o vazamento de um vídeo íntimo que levou a um processo multimilionário contra o site Gawker, caso que se tornou um marco no debate sobre privacidade e liberdade de imprensa.

Hulk Hogan deixa um legado complexo e inegavelmente gigantesco. Ele foi o herói de uma geração, o vilão que definiu outra e uma celebridade que nunca deixou de fascinar. O mundo fica um pouco menos “real” sem ele.

Referências:

Imagem:

  • Créditos: Evan Agostini/Getty Images
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