Pela união de seus poderes, eu sou o Capitão Planeta! Série live-action pode estar a caminho da Netflix

O herói ecológico dos anos 90 pode finalmente ganhar uma nova versão, mas o caminho até aqui foi mais longo que a jornada dos Planeterianos para encontrar esperança na humanidade.

Capitão Planeta, o super-herói azul com cabelo verde, voa com os braços para cima, enquanto os cinco Planeteiros (Kwame, Wheeler, Linka, Gi e Ma-Ti) estão abaixo dele com seus anéis brilhando.

A formação clássica do Capitão Planeta e os Planeteiros que marcou os anos 90. Créditos: Divulgação/Turner Broadcasting System.

Se você cresceu nos anos 90, provavelmente já gritou “Vai, Planeta!” em frente à TV. Capitão Planeta e os Planeterianos não foi apenas um desenho; foi um fenômeno cultural que ensinou uma geração inteira sobre a importância de cuidar do meio ambiente, tudo isso enquanto combatia vilões com nomes tão sutis quanto “Porco Greedly” e “Dr. Blight”. Agora, parece que o herói azul mais famoso do mundo (desculpe, Dr. Manhattan) está prestes a voar novamente, desta vez em uma aguardada adaptação live-action que, segundo rumores recentes, pode ter encontrado um lar na Netflix.

A ideia de trazer o Capitão Planeta para o mundo de carne e osso não é nova. Na verdade, ela tem assombrado os corredores de Hollywood por mais de uma década. A tentativa mais famosa foi encabeçada por ninguém menos que Leonardo DiCaprio e sua produtora, a Appian Way, em parceria com a Paramount. O projeto parecia ter a força de todos os anéis combinados, especialmente com a notícia de que Glen Powell, o astro de Top Gun: Maverick e Todos Menos Você, estava cotado para escrever o roteiro e, possivelmente, estrelar a produção.

Naquela época, as informações sugeriam uma abordagem surpreendentemente diferente do original. Em vez de um herói puro e inspirador, o roteiro de Powell supostamente apresentaria um Capitão Planeta decadente, um “herói acabado” que precisava mais dos Planeterianos do que eles dele. Pense em um Thor em Vingadores: Ultimato, mas trocando o hidromel por clorofila. A pegada seria mais sombria e irreverente, uma tentativa de atualizar a mensagem para um público que cresceu e talvez tenha se tornado um pouco mais cínico. O projeto, no entanto, nunca saiu do papel e entrou em um limbo de desenvolvimento.

Avançamos para agora. A notícia que circula, impulsionada por fontes como a Variety, é que a Netflix teria resgatado o projeto. Detalhes ainda são escassos como água em um deserto poluído pelo Zarm. Não está claro se a visão de Powell e DiCaprio será mantida ou se a gigante do streaming planeja uma abordagem completamente nova. A grande questão que fica no ar é: como adaptar Capitão Planeta para 2025?

O desafio é gigantesco. A série original, com sua sinceridade quase ingênua, funcionava perfeitamente para a sua época. Hoje, uma abordagem que não reconheça a complexidade das crises climáticas e sociais poderia soar datada ou, pior, panfletária. Por outro lado, um Capitão Planeta sombrio e cínico demais correria o risco de perder a essência do personagem: a esperança. Encontrar esse equilíbrio é como tentar desarmar uma bomba com o anel do Coração; exige delicadeza e precisão.

Enquanto a Netflix não faz um anúncio oficial, os fãs ficam na expectativa. Será que teremos um casting à altura dos cinco Planeterianos originais? A icônica música de abertura estará de volta? E o mais importante: em um mundo que enfrenta desafios ambientais mais assustadores que qualquer vilão do desenho, o Capitão Planeta ainda é o herói de que precisamos? A julgar pelo carinho que o personagem ainda inspira, a resposta parece ser um retumbante “sim”. O poder é de vocês!

Referências:

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