Guia Definitivo de ‘A Hora do Mal’: O Sucesso, a Polêmica e o Final Explicado do Filme do Ano

O novo terror de Zach Cregger chegou quebrando tudo: recordes de bilheteria, a internet e talvez alguns estômagos. Vem com a gente destrinchar tudo sobre o filme que todos estão falando.

Julia Garner como a professora Justine Gandy deitada na cama com uma expressão de terror no filme 'A Hora do Mal' (Weapons).

Julia Garner em uma das cenas de suspense de "A Hora do Mal". Imagem: Divulgação / New Line Cinema.

Se você é fã de terror, provavelmente já sabe que “A Hora do Mal” (“Weapons”, no original) está em exibição e já carimbou seu passaporte como um dos filmes mais aclamados e chocantes do ano. Sob o comando de Zach Cregger – o mesmo diretor que nos deu os pesadelos de “Noite Brutais” (2022) –, o longa entrega uma experiência ambiciosa, cheia de surpresas e com um nível de perturbação que vai ficar na sua cabeça por dias.

Mas o que faz deste filme um fenômeno tão complexo? Ele é, ao mesmo tempo, um sucesso comercial estrondoso e um prato cheio para discussões. Vamos mergulhar fundo nessas camadas.

 

Um Tsunami nas Bilheterias

 

Vamos ser sinceros: a empolgação não ficou só no mundo digital. O filme foi um sucesso avassalador de bilheteria, arrecadando impressionantes US$ 70 milhões em todo o mundo em seu fim de semana de estreia. Os números são de cair o queixo:

  • US$ 42 milhões apenas nos Estados Unidos.
  • US$ 27,5 milhões no resto do mundo.

Para colocar em perspectiva, essa estreia global superou a de outros grandes sucessos originais de 2025. E o mais chocante: o filme de estreia de Cregger, “Noite Brutais”, arrecadou US$ 45 milhões durante toda a sua exibição. “A Hora do Mal” ultrapassou essa marca em três dias. Com um orçamento de US$ 38 milhões, o filme já é um sucesso financeiro e, pela reação do público, deve continuar atraindo multidões.

 

A Análise Crítica: Genialidade ou um Problema que se Repete?

 

Mas o sucesso estrondoso não veio sem debates. A genialidade de Zach Cregger é inegável, mas o filme acendeu uma polêmica sobre um vício que o diretor parece repetir: um problema flagrante com suas antagonistas.

Em “Noite Brutais”, o “monstro” era a Mãe, uma mulher deformada e selvagem que, apesar de ser vítima de décadas de abuso, era apresentada de forma a causar repulsa visual. Sua aparência era o principal motor do horror.

Em “A Hora do Mal”, embora a vilã Gladys tenha mais personalidade e poder, alguns críticos apontam que o filme novamente foca em sua aparência para chocar. Descrita com uma peruca laranja, maquiagem malfeita e um rosto doente e idoso, sua imagem é usada para perturbar o espectador. É, no mínimo, desconfortável que Cregger, pelo segundo filme consecutivo, encontre o horror na imagem de duas mulheres idosas, doentes e projetadas para serem convencionalmente pouco atraentes. A mensagem que fica é que a aparência delas é, por si só, algo para se chocar.

 

O Legado de ‘A Hora do Mal’

 

No fim das contas, “A Hora do Mal” é uma análise afiada da nossa sociedade. As “Armas” do título original são justamente aqueles problemas profundos e enraizados que nos ferem como um todo, com as crianças sendo as maiores vítimas.

O filme se consagra como um gigante financeiro e um catalisador para debates importantes. E o futuro de Zach Cregger? Com um sucesso desses, os rumores de que ele pode assumir um futuro filme da franquia “Resident Evil” só aumentam.


AVISO FINAL: A partir daqui, o artigo contém SPOILERS PESADÍSSIMOS. Se você ainda não viu o filme, pare de ler agora!


 

O Final Explicado (Para quem já viu ou não tem medo de spoilers)

 

Você foi avisado!

A trama principal de “A Hora do Mal” envolve o misterioso desaparecimento de 17 crianças da classe da professora Justine Gandy (Julia Garner). Elas fogem de casa à noite, exceto por um garoto, Alex.

No clímax do filme, descobrimos a verdade: a grande vilã é Gladys (Amy Madigan), a tia-avó de Alex. Ela é uma bruxa que sequestrou as crianças e as mantém presas em um porão para se alimentar de sua energia vital e, assim, curar sua própria doença terminal.

Quando a professora Justine e o pai Archer (Josh Brolin) finalmente encontram o cativeiro, são atacados por Gladys. No momento crucial, Alex, que ajudava a tia-avó por medo, se rebela e a ataca, quebrando o feitiço que controlava as outras crianças.

É aqui que acontece a cena mais insana do ano: as 17 crianças, agora livres e em um estado de fúria selvagem, perseguem a bruxa Gladys pela casa. A caçada termina de forma brutal quando elas a alcançam, a despedaçam ao meio e devoram seus membros.

Com a morte de Gladys, o feitiço é quebrado permanentemente. As crianças sobrevivem, mas, como uma narração final deixa claro, carregarão os traumas daquela noite para o resto de suas vidas.

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