Última atualização em 21 de abril de 2015
A Google anunciou que parou de vender os óculos inteligentes Google Glass. Inicialmente afirmava que seria para definir o fim da “fase de testes” do gadget, mais em recente comunicado confirmou o que muitos já estavam especulando: que o fim da produção é real e foi pelo motivo de que os óculos não obtiveram o impacto esperado no mercado. O dispositivo estava disponível desde 2012 para compra por US$ 1.500 para os desenvolvedores e “testers” e desde o início de 2014 para o público em geral, podendo ser adquirido pela Play Store.
Muito se especula sobre os motivos pela qual uma ferramenta tão promissora não fez o sucesso esperado. Alguns dizem que o design era “muito estranho” e pouco discreto, outros especialistas afirmaram que o problema foi que era um produto que afetava a privacidade das pessoas e produtos protegidos (filmes, protótipos, documentos sigilosos) e por isso em muitos lugares o gadget era proibido de ser usado, como em bares, cinemas, festas privadas, feiras de lançamentos de produtos, etc.
Para acalmar os investidores e as pessoas que apostaram na tecnologia a Google se pronunciou sobre o projeto. A empresa afirmou que inicialmente os óculos eram produzidos pelos dos laboratórios do Google X (instalação secreta do google que tem o objetivo de fazer grandes avanços tecnológicos a partir de estudo de novos dispositivos), e com essa mudança novas versões do aparelho serão desenvolvidas em um projeto menos centralizado. Afirmou ainda que irá focar em uma versão do Glass mais comercial e a expectativa é a de que este modelo seja apresentado ainda em 2015.
Essa afirmação parece verídica pois mesmo descontinuado, o projeto do Google Glass continuará a cargo da equipe da executiva Ivy Ross que será orientada por Tony Fadell. Tony Fadell é um ex-funcionário da Apple conhecido como “pai do iPod” e um dos fundadores da Nest, companhia especializada em “internet das coisas”. Desde que ela foi adquirida pelo Google (em janeiro de 2014) ele passou a fazer parte da equipe da gigante das buscas.
De qualquer forma os desenvolvedores ainda continuarão tendo acesso ao Glass, assim como as empresas que inscreverem-se no programa “Glass no Trabalho”, destinado a pessoas que pretendam usar os óculos em suas atividades profissionais como médicos, cientistas e policiais.
Vamos ver se essa equipe de celebridades do mundo digital conseguirá manter esse projeto vivo.