A União Europeia (UE) está avançando com uma proposta para regular a inteligência artificial (IA), uma medida que tem gerado reações mistas entre os principais nomes da indústria.
A proposta da UE visa estabelecer um quadro jurídico uniforme para o desenvolvimento, a comercialização e a utilização da IA, garantindo a segurança e os direitos fundamentais dos cidadãos. No entanto, alguns líderes da indústria de IA expressaram preocupações de que a regulamentação possa prejudicar a inovação.
Entre os signatários de cartas contestando os regulamentos da UE estão Elon Musk, o presidente-executivo da OpenAI, Sam Altman, e Geoffrey Hinton e Yoshua Bengio, dois dos três chamados “padrinhos da IA”. O terceiro, Yann LeCun, que trabalha na Meta, também assinou a carta.
Os regulamentos propostos pela UE classificam os sistemas de IA de acordo com o risco que representam para os usuários. Os sistemas de IA de risco inaceitável, considerados uma ameaça para as pessoas, serão proibidos. Isso inclui a manipulação cognitivo-comportamental de pessoas ou grupos vulneráveis e a pontuação social.
Os sistemas de IA de alto risco, que podem afetar negativamente a segurança ou os direitos fundamentais, serão divididos em duas categorias. Esses sistemas serão sujeitos a regulamentações mais rigorosas.
A proposta de regulamentação da UE é a primeira de seu tipo no mundo e poderia ter implicações significativas para a indústria de IA globalmente. No entanto, a medida ainda precisa ser aprovada antes de se tornar lei.
A regulamentação da IA é um tópico complexo e controverso, com muitos argumentando que é necessário um equilíbrio entre a proteção dos direitos dos cidadãos e a promoção da inovação. A proposta da UE é um passo importante nessa discussão e será interessante ver como ela se desenvolve nos próximos meses.
Referências: