[pullquote]O trabalho final gerou ao estúdio um gasto extra de US$ 50 milhões.[/pullquote]O saudoso ator Paul Walker, que morreu em novembro de 2013 aos 40 anos em um acidente de trânsito na Califórnia, era um dos protagonistas da franquia “Velozes e Furiosos” e em seus últimos dias de vida estava prestes a terminar o sétimo filme, Velozes e Furiosos 7, onde gravava as cenas finais.
Por esse motivo a estreia do filme foi tão comentada, pois milhões de fãs do ator em todo mundo puderam assistir ao seu último trabalho, se emocionar, chorar com a homenagem feita a ele na pele do agente Brian O’Conner nos minutos finais do filme e se maravilhar com o nível que chegou a tecnologia atual, a ponto de inserir Walker digitalmente no terço final do filme, sintetizando inclusive sua voz, algo que ficou tão perfeito a ponto de questionarmos se aquela cena era com o personagem real, dublê ou inserida via computação gráfica.
O estúdio Universal tinha duas linhas a seguir quando soube da morte prematura de seu ator: ou deixar o filme inacabado (algo plausível, já que os fãs tinham ciência do ocorrido) ou usar a tecnologia para terminá-lo?
Depois de vários meses de estudos e uma pausa para a despedida dos amigos que trabalharam por tanto tempo juntos finalmente o estúdio chegou a conclusão de que deveria angariar um orçamento maior para finalizar o filme num trabalho a altura da franquia.
O trabalho final, incluindo os dublês para as cenas de lutas onde existia contato direto entre os atores e a inserção digital de imagens e sons nas demais cenas, inclusive no final, gerou ao estúdio um gasto extra de US$ 50 milhões (elevando o custo total a US$ 250 milhões), mais que valeram a pena, pois é difícil até para especialistas distinguir que cenas são reais, obra creditada ao estúdio do diretor neozelandês Peter Jackson (do Senhor dos Anéis). Os dublês usados nas cenas de luta e onde a iluminação não proporcionava a possibilidade de ver o rosto de Walker foram seus dois irmãos.